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A POBREZA DO MOVIMENTO GOSPEL

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A cada dia que passa uma ala dos evangélicos brasileiros assume uma característica muito interessante. Com o crescimento da chamada igreja evangélica, tem crescido também um espécie de subproduto: o movimento gospel. Marcado pelos shows business, os crentes "gospels" têm assumido um aspecto dicotômico de fervor litúrgico e desprezo pela oração coletiva. Interessam-se pelos encontros, os "vigilhões",  e aderem a movimentos cada vez mais musical e cada vez menos bíblico. Imitam modas e costumes mundanos, seculares, sem reservas, sem se preocuparem com as consequências da aproximação dos valores de uma sociedade sem Deus. Anelam pelo lançamento dos próximos trabalhos dos cantores profanos como se fora cantores sacros, perdendo, assim, a paixão e a admiração pelos verdadeiros hinos clássicos de louvor. Leem cada vez mais livros de autores não-cristãos cujas mensagens falam de perversão e violência. Acompanham a ética deste século e abrem mão dos princípios cristãos com muita facilidade, bastando expressarem um "tem nada a ver".  

Alguns adeptos desse novo momento na igreja evangélica chegam mesmo a afirmarem que o importante é não estarem no mundo. Comparo o simplesmente "estar" na igreja com o "ficar" desses relacionamentos frívolos, sem compromissos. Assim, muitos "estão" na igreja (templo-comunidade), mas não são Igreja do Senhor Jesus, Organismo Vivo, Pedras Vivas, Corpo de Cristo. Visto por essa ótica, o movimento gospel é superficial, raso e oco: não tem raízes, alicerces, fundamentos da fé cristã; não têm profundidade na comunhão com o Corpo; e nem conteúdo bíblico-doutrinário. Suas músicas são frenéticas e fracas, com rimas e poesias pobres. Suas mensagens vazias, frias e repletas de apelos emocionais. Seu corpo doutrinário é destituído da doutrina da piedade e, portanto, doentio, posto que não abrange todo o "conselho de Deus".

Para eles o mais importante é o "ôba-ôba", a mídia, estar na "crista da onda", etc., e tudo isso em nome de Deus. Infelizmente, igrejas, já há muito tempo instituídas, que trazem um escopo doutrinário responsável e equilibrado, seduzidas por esse movimento, acabam por venderem-se ao mundo gospel, contratando cantores e pregadores para a realização de cultos-shows, haja vista a atração de multidões para as festas religiosas de suas denominações ou ministérios. Cantores e pregadores sem congregar há meses, portanto, sem acompanhamento pastoral, viajando o país e o mundo como se fossem missionários itinerantes, levam as gentes ao delírio ao som de baladas, axé, forró, samba, funk e pancadão gospel.

Nesses circuitos, festas juninas recebem nome de "jesuínas", enquanto a evangelização é a justificativa para a criação do bloco de carnaval (ou seria "espiritoval"?) e o octógono das lutas sangrentas visam o mesmo fim missionário. Cerveja sem álcool, cigarro sem nicotina, point movido a chopps e sexshop são as mais recentes novidades desse modelo cristão que pervertem o Evangelho de Jesus Cristo.

Não culpo a geração de jovens. Culpo, porém, a geração de pastores irresponsáveis que fazem de tudo para atrair pessoas para suas igrejas sem se preocuparem se estão convertidas ou não. Culpo os novos líderes que, movidos pela ganância, buscam qualquer tipo de atividade para arrecadarem dinheiro sob o discurso do método de crescimento de igrejas. Não isento de culpa os marqueteiros nas igrejas e nas empresas de publicidade gospel que estão dispostos a venderem suas próprias almas ao diabo para fazerem sucesso nesse novo mercado.

A igreja precisa de renovo para assumir o seu lugar de destaque no mundo e não de estratagema humano para ocupar espaço puramente midiático. O Corpo dos regenerados necessita de Graça para serem "luz do mundo" e "sal da terra" e carece da presença de Deus nos cultos e em suas vidas. A Noiva do Cordeiro reclama por um novo tempo, movido pelo Espírito Santo e não por toscos "reverendos" e "profetas" espiritualmente malogrados. Os Santificados em Cristo precisam da verdadeira explanação da Palavra de Deus e do substancial conteúdo bíblico tão escassos em nossos dias.

P.S. Você pode até não concordar comigo, mas seja educado em seu comentário e eu o publicarei.

Maranata. Ora vem Senhor Jesus.

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